A decisão de "juntar os trapinhos" e partilhar o tecto foi seguida de cerca de uma semana e meia com agenda preenchida: a cada 30min da hora do almoço e do tempo posterior ao trabalho havia duas ou três visitas marcadas (claro está que o tempo de deslocação entre locais levava a um atraso de cinco min em cada visita, não mais do que isso... o atraso da praxe!). E quando a escolha parecia já estar definida, depois de se ter visto e revisto a inspiração de todo o filme de terror, e de ver também algumas das casas que nos fazem sonhar com um mundo de revista, eis que surge aquela que nos desperta todos os sentidos e nos faz sentir realmente em casa; finalmente conhecemos a casa que por ir tão de encontro ao que se pretendia, perdeu todos os defeitos que tinha (se é que tinha algum... ). Decisão fácil e tomada em pouco mais de 20min após o término da visita! Aquela era, sem dúvida, a casa que nos faria gritar a pulmões, já cheios de felicidade, "Aqui vou ser feliz... Muito feliz!!"; o espaço certo, com a medida certa, para abrigar todos os nossos sonhos e alegrias.
Era a casa ideal para decorar com os delírios de ambos; "delírios", pois está claro..., aqueles malandros que vamos (des)educando em silêncio e que de vez em quando entram em guerra com a nossa dupla de estimação: o Sr. €uro e a Srta. Consciência. Em situações destas é caso para dizer "Dois, está bom; três é demais!": a decoração do apartamento começou a ser planeada de modo a gastar o mínimo possível para satisfazer o que foi projectado a dois para aquele espaço; só assim conseguimos arrancar um sorriso a Srta. Consciência. Se a tarefa parece difícil e demorada, vejamos como correm essas contas...
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